terça-feira, 7 de julho de 2009

Voltei


Man Ray

Oiço. Oiço a tua selecção. As tuas músicas. Estou eufórica. Quero. Já. Agora. Neste momento.
Leio-te. Espelhas-me. Com grandeza. Com intensidade. Com esta intensidade que nos liga. E arrebata. E nos faz querer assim. Forte. Brutal. E sim. Não há outro meio que não esse. Esse de derradeiramente me entregar. De voltar. De me derreter aos teus pés. De me abrir para ti. Toda. Em todos os buracos. Para que me enchas. Porque tem de ser assim. Forte. Ao sopapo. Ao estalo. À dor. Ao prazer. Porque não dá para ser apenas com beijos. Pois estes esquecem-se. Esses apagam-se. Porque esses não deixam marcas. E morde. E fura. E penetra. E faz. E toda tua. E no chão. E a teus pés. E na noite. E de manhã. E quando quiseres. E quando quiser. E todos os dias. E todas as horas. E respira. Agora. Tua. Só porque sim. Porque assim tem de ser. Não dás hipótese. Tua.

1 comentário:

  1. Puta.

    porque voltas,
    mas para voltar,
    fazes-me quebrar a promessa.

    porque voltas
    mas depois de eu falar

    porque voltas
    mas fazes-me voltar primeiro

    porque voltas
    porque foste

    porque voltas
    porque sabes o que te espera

    porque voltas
    mas terás o que queres

    porque voltas
    mas és uma puta

    a puta
    a puta mor
    a puta das putas
    a minha puta mor
    a minha puta das putas

    de todas as putas,
    em todos os bares
    em todo o mundo

    voltaste para o meu

    voltaste
    e agora volto eu.

    e no entanto...

    voltas
    mas nunca foste

    volto
    e nunca fui

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